A taxa de desemprego no Brasil, de 13,2%, que atinge 13,7 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a quarta maior em uma lista que reúne as 44 principais economias do mundo, de acordo com estudo realizado pela agência de classificação de risco Austin Rating, segundo reportagem publicada no UOL.

Se a pesquisa tivesse levado em consideração a precarização da mão de obra brasileira, o resultado teria sido ainda pior. O País tem hoje 73,2 milhões de trabalhadores sem direitos: 37 milhões são informais, 25,4 milhões trabalham por conta própria  10,8 milhões trabalham sem carteirta assinada.

Mesmo assim, o quadro traçado pela pesquisa da Austin Ratingm é tragico. O Brasil, diz a reportagem, supera em mais de duas vezes a média da mundial. A taxa de brasileiros sem trabalho é ainda a mais alta no grupo das 20 maiores economias do planeta.

E o economista da Austin Rating Alex Agostini diz que a situação do Brasil deve piorar se o país desacelerar o Produto Interno Bruto (PIB) ano que vem, ou mesmo entrar em recessão, como já preveem alguns bancos.

“O que gera emprego é crescimento econômico”, afirma o vice-presidente da CUT, Vagner Freitas, lembrando que desde o golpe de 2016 a economia brasileira anda para trás e, na gestão de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que só tem propostas para atacar direitos do trabalhadores, desandou.

“A economia do Brasil só vai voltar a crescer quando tiver aumento dos investimentos público e privado, e do consumo. E o que favorece isso é o aumento do crédito, do gasto público e dos salários, jamais o contrário, como está ocorrendo atualmente”, diz Vagner.

“Sem investimentos em máquinas, ciência, tecnologia e educação o país não voltará a crescer, muito menos gerar emprego decente e renda. Estaremos sempre entre os primeiros colocados em taxa de desemprego”, ressalta Vagner

Confira o ranking de desemprego no mundo, conforme dados de agosto:

1º – Costa Rica: 15,2%

2º – Espanha: 14,6%

3º – Grécia: 13,8%

4º – Brasil: 13,2%

5º – Colômbia: 12,7%

6º – Turquia: 12,1%

7º – Itália: 9,3%

8º – Suécia: 8,8%

9º – Índia: 8,3%

10º – Chile: 8,2%

11º – França: 8%

12º – Zona do euro: 7,5%

13º – Finlândia: 7,2%

14º – Lituânia: 7,2%

15º – Canadá: 7,1%

16º – Letônia: 7,1%

17º – Eslováquia: 6,5%

18º – Irlanda: 6,5%

19º – Bélgica: 6,4%

20º- Portugal: 6,3%

21º – Indonésia: 6,3%

22º – Estônia: 6,0%

23º – Áustria: 5,9%

24º – Luxemburgo: 5,5%

25º – Islândia: 5,4%

26º – Estados Unidos: 5,2%

27º – China: 5,1%

28º – Israel: 5,0%

29º – Austrália: 4,5%

30º – Dinamarca: 4,5%

31º – Reino Unido: 4,5%

32º – Rússia: 4,4%

33º – Hungria: 4,1%

34º – México: 4,1%

35º – Noruega: 4,0%

36º – Eslovênia: 3,9%

37º –  Alemanha: 3,4%

38º – Polônia: 3,4%

39º- Holanda: 3,2%

40º – Coreia do Sul: 2,8%

41º – Japão: 2,8%

42º – República Tcheca: 2,8%

43º – Suíça: 2,7%

44º – Singapura: 2,6%

 

Fonte: CUT Brasil


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