Esta terça-feira, dia 23 de agosto, foi dia de vestir preto em diversas agências bancárias de Caxias do Sul. O protesto silencioso no Dia Nacional de Lutas dos Bancários, foi contra a proposta desrespeitosa da Fenaban. A ação, embora silenciosa, chamou a atenção dos clientes e demonstrou a insatisfação com a proposta apresentada pelos bancos na tarde sde segunda-feira, 22 de agosto, que imporia perda real de 2,9% à categoria.

A partir desta segunda-feira (22), membros do Comando Nacional dos Bancários estão em São Paulo para negociar presencialmente com os bancos. A orientação é para que a categoria mantenha a pressão sobre as instituições financeiras, nas redes e nas ruas, denunciando o absurdo que é um setor que lucra tão alto se recusar a conceder reajuste acima da inflação para os seus funcionários.

Como está a negociação

Na última sexta-feira (19), a Fenaban apresentou proposta de reajuste de apenas 65% da inflação acumulada entre 1º de setembro de 2021 e 31 de agosto de 2022 para o salário e todos os direitos econômicos. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta em mesa de negociações.

As últimas projeções do Banco Central apontam uma inflação de 8,95% para o período e os bancos querem conceder reajuste de apenas 5,82%. O índice proposto representa uma perda real de 2,9% para a categoria.

Nesta segunda-feira (22), os bancos apresentaram mais uma proposta absurda de reajuste de 6,66% nos vales-alimentação, abaixo da inflação. Somente 39% da inflação de alimentos que está em 16,73%.

As propostas são ofensivas, tendo em vista que os cinco maiores bancos do país (Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander) arrecadaram, no primeiro semestre de 2022, R$ 74,2 bilhões com tarifas cobradas dos seus clientes, alta de 7,5% em relação ao mesmo período de 2021.


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