De 3.200 negociações coletivas, só 8% ficaram abaixo do INPC

Quase 70% (69,8%) das negociações coletivas deste ano foram concluídas com aumento real – acima da inflação medida pelo INPC-IBGE. De um total de 3.204 campanhas salariais, 22,1% foram equivalente ao INPC e apenas 8,1% ficaram abaixo da inflação. Os dados, do Ministério do Trabalho, foram analisados pelo Dieese. Assim, a variação real média dos reajustes em 2023, até abril, é de 0,79% acima do índice oficial.

Entre os setores de atividade, a indústria tem o maior índice de acordos com ganho real: 72,8%. Depois vêm o setor de serviços (71,7%) e, bem atrás, o comércio (53,6%). Esse último segmento, segundo lembra o Dieese, “destaca-se pela significativa frequência de reajustes iguais à inflação (38,4%), bem acima da observada nos demais setores”.

Já o o valor médio dos pisos salariais está em R$ 1.529,32, 17,46% acima do salário mínimo até abril (R$ 1.302; o piso passou a R$ 1.320 neste mês). O maior valor entre os setores é do comércio (R$ 1.636,04) e o menor, da indústria (R$ 1.477,19).

Inflação contribui

Apenas no mês de abril, 62% das negociações resultaram em reajustes acima do INPC. O número é menor do que o observado nas três primeiras datas-bases de 2023, no entanto, o percentual de reajustes abaixo da inflação também caiu, atingindo a menor marca no ano (3,6%)”, informa o Dieese. A variação real média dos reajustes foi de 1,3%.

Foi a oitava variação real média positiva seguida, invertendo uma sequência de 23 quedas. A diminuição dos índices de inflação contribuiu para esse resultado. Em julho do ano passado, por exemplo, o INPC acumulado somava 11,92%. Neste mês, 3,83%.

Fonte: Rede Brasil Atual


Compartilhe este conteúdo: