Na noite de quinta-feira (01/06), durante plenária virtual com funcionários (as) do Banrisul, o Comando Nacional dos Banrisulenses atualizou a categoria sobre as negociações com o Banco em relação à proposta de renovação da PPR. Destaque para a ROAE de 14% para acionar a PPR, quando a média do Banco nos últimos anos tem sido de 8%, e para a proporcionalidade no pagamento do bônus em relação ao percentual de atingimento de metas.

Diante de alguns relatos de que está havendo uma certa pressão das chefias para que os (as) funcionários (as) extrapolem as metas iniciais no momento que conseguem atingi-las, o Comando informou que está atento, pois a “regra não pode ser mudada no meio do jogo”. Nesse sentido, a diretora da Fetrafi/RS, Ana Furquim, citou a campanha nacional “Menos Metas, Mais Saúde”, que visa coibir os abusos dos bancos em relação às metas impostas, que estão adoecendo bancários e bancárias. “Teremos uma Mesa para tratar apenas desse tema, que tem afetado trabalhadores (as) de todos os bancos, públicos e privados”, disse. 

No dia 6 de junho, próxima terça-feira, o Comando volta a se reunir com o grupo de negociadores, que ficou de trazer respostas a vários questionamentos colocados na mesa de negociação.

PCFS

Na manhã de terça-feira (02/06), a direção do Banrisul apresentou mais uma etapa do novo PCFS ao Comando dos Banrisulenses, mas a explicação segue confusa, como da primeira vez, devido à complexidade e à falta de clareza do documento. A questão está em debate também no Ministério Público, principalmente porque prevê alterações nos atuais contratos de trabalho de forma unilateral para quem optar pela migração. Além disso, há relatos de pressão dentro do ambiente de trabalho para que os (as) funcionários (as) migrem, sob pena de prejuízo na carreira. 

A direção do Banco garantiu que “não haverá retaliação para quem optar por permanecer no plano atual e que estes terão as mesmas oportunidades de ascender na carreira”. Sobre isso, o Comando propôs, na última reunião intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que o Banrisul assine um termo de compromisso garantindo que bancários e bancárias que seguirem no PCFS atual não serão prejudicados.

A meritocracia, que permeia a proposta, foi questionada pela diretora da Fetrafi/RS, Raquel Gil. Ela apontou que há muita subjetividade e “fere os princípios de uma instituição pública, na qual o (a) trabalhador (a), para além de suas funções, exerce também um papel social”. Raquel quis saber ainda qual o conceito de “incompetência” considerado pelo Banco. 

Luciano Fetzner, presidente do SindBancários de Poa e Região, frisou que a narrativa apresentada pelo Banrisul no MPT não condiz com os fatos. “A assessoria jurídica do Banco tem afirmado que o Movimento Sindical não está disposto a debater o PCFS, quando na verdade o Banco elaborou de forma unilateral a proposta e não demonstrou disposição para alterá-la”, disse. Inclusive, o Comando tem insistido na suspensão do processo de migração e implementação do PCFS para possibilitar um amplo debate entre Banco e representantes dos (as) trabalhadores (as), visando corrigir eventuais prejuízos aos Banrisulenses.

As partes voltam a se reunir na próxima semana, para dar seguimento a mais uma rodada de explanações do PCFS.

Fonte: Bancários RS


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