Centenas de trabalhadores e trabalhadoras exigiram juros baixos para aquecer a economia, gerar empregos, combater a fome e fazer o Brasil crescer, durante ato realizado no final da manhã de terça-feira (20), em frente à sede do Banco Central (BC), no Centro Histórico de Porto Alegre.

Também foi exigida a saída imediata do presidente do BC, Roberto Campos Neto, nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com mandato até 31 de dezembro de 2024. Ele tem defendido a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, a mais alta do mundo.

O destaque deste terceiro protesto contra os juros altos na capital gaúcha em 2023 foi a participação de uma caravana de metalúrgicos e metalúrgicas, organizada pela Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos (FTM-RS) e sindicatos filiados, que vieram de vários municípios.

Marcha 2006-8
Foto: Igor Speroto / Extra Classe

 

Após concentração na Praça Pinheiro Machado, no bairro São Geraldo, a marcha tomou a Avenida Farrapos, chamando a atenção da população, e foi até a sede do BC.

Juros baixos 2006 (2)
Foto: Renata Machado (FTM-RS)

 

O ato marcou o Dia Nacional de Luta contra os Juros Altos, convocado pela CUT e centrais sindicais, com apoio de movimentos sociais e partidos políticos comprometidos com a redução dos juros.

A manifestação foi realizada no primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que termina no final da tarde desta quarta-feira (21) com o anúncio da Selic para o próximo período.

Marcha 2006-2
Foto: Matheus Piccini/CUT-RS

 

Quem perdeu as eleições não pode governar

“Nós temos que reconstruir o Brasil. Temos que ter saúde, moradia, mobilidade urbana e serviços públicos de qualidade. O pacote do Campos Neto é o projeto que foi derrotado nas eleições. Não são eles que governam. Logo depois do golpe, criaram a independência do Banco Central. Mas para quem interessa isso? Só para os banqueiros e rentista”, afirmou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

Amarildo 2006
Foto: Rafaela Amaral (STIMMMEC)

 

Para ele, “juro alto e a taxa Selic na estratosfera é mais fome, é mais miséria, é mais desemprego, menos serviços público e menos carreiras públicas”.

Fonte: CUT RS


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